quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Mundial 2022: O poder do dinheiro ?



A 2 de Dezembro, dia da decisão oficial da FIFA na atribuição dos campeonatos do mudo de futebol de 2018 e 2022, “meio mundo” ficou espantado com a decisão de levar o mundial de 2022 ao Médio Oriente, mais precisamente ao pequeno emirado do Qatar, com cerca de 1,696,563 (censos de 2010) habitantes (em comparação, a Área Metropolitana de Lisboa tem cerca de 2 819 433 habitantes (estimativas de 2008). 

Mapa do Qatar
A FIFA justificou as suas decisões de levar o mundial à Rússia e ao Qatar com a necessidade de expandir “o mercado do futebol” aos novos países emergentes. Desde logo choveram imensas críticas de especialistas, da imprensa internacional e de vários jogadores de futebol. Sendo a decisão da escolha da Rússia para 2018 totalmente aceitável, o mesmo não acontece com a escolha do pequeno emirado, que derrotou as poderosas candidaturas da Austrália, Estados Unidos e até do Japão e Coreia do Sul. Em causa encontramos vários pontos, começando pela própria população do Qatar que como já vimos em cima não chega aos dois milhões de habitantes e do qual grande número são imigrantes, trabalhadores da construção civil. Em segundo lugar é a temperatura: com as temperaturas em Junho e Julho a ultrapassarem largamente os 40° (chegando inclusive a passar dos 50°), e mesmo com os estádios ultra modernos com equipamentos de refrigeração de ponta já planeados, o trabalho não se vê fácil. Outros pontos negativos incluem a proibição de álcool no país e da homosexualidade. Como já vimos, não se prevê uma tarefa fácil, mas até 2022 ainda falta muito tempo, e muita coisa pode mudar, para melhor.

Gostariamos de saber as vossas opiniões sobre este assunto.

Um comentário:

  1. A escolha do Qatar é só com vista ao dinheiro, não por eles não terem direito à candidatura e a serem escolhidos, mas quando um país acolhe um mundial tem de ter capacidade para tal, é que das 32 comitivas (isto para não falra de arbitros, observadores, etc) algumas irão ter de ficar fora do Qatar, o que é lamentavel..
    Lembram-se do Portugal-Cabo Verde, em pleno Verão em Portugal em que estavam 34 graus mais ou menos e os jogadores tiveram de fazer pausas, em conjunto com o arbitro, para se hidratarem ?! Agora imaginem numa terra muito mais seca e muito mais quente como o Qatar, vai ser o descalabro, a não ser que até 2022 existam ajustes nos regulamentos, como por ex: fazer um jogo com 3 partes (o que não me parece viável). Em relação ao álcool creio que os alemaes, ingleses, entre outros irão causar muitos disturbios. Já na homossexualidade não tenho opiniao formada.
    Espero muito sinceramente que ate 2022 o Qatar evolua, evolua muito nestes aspectos, porque riqueza não falta!
    Quanto à escolha da Russia penso que não é a melhor, dado que não hà garantia de estadios cheios e as seleções tÊm de realizar viagens muito longas devido ao grande tamanho da Russia.

    Faria muito mais sentido falar-se num mundial nos EUA ou até na Austrália.

    P.s: Se alguem souber onde é que o senhor Joseph Blatter vê um emergente crescimento no futebol do Qatar que me explique.

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